Famílias que moravam no local estão sendo reassentadas em moradias do Minha Casa Minha Vida. Mudança foi registrada pelas lentes de Andrea Weschenfelder
por Portal Brasil
publicado:
30/03/2015 11h46
última modificação:
30/03/2015 11h46
A construção da Rodovia do Parque (BR 448) está mudando diretamente a vida de 599 famílias que antes viviam na Vila do Dique, em Canoas (RS), e agora estão sendo reassentadas em moradias do Minha Casa Minha Vida (MCMV).
As situações que incluem a iniciativa estão sendo registradas pelas lentes de Andrea Weschenfelder e deu vida à exposição fotográfica itinerante “Endereçar”.
Construída paralela ao Rio dos Sinos, a BR 448 corta áreas inundáveis onde, na década de 1970, foram construídos diques de contenção para proteger a cidade de Canoas das enchentes. Nesta região, poucos anos depois, teve início uma ocupação irregular que se estenderia por cinco quilômetros, dando origem à Vila do Dique.
A construção da nova estrada impulsionou 22 ações ambientais e mitigatórias, entre elas o Programa de Reassentamento Populacional destinado às 599 famílias. Este processo incluiu a transferência de quase 300 famílias, que tinham casas no trajeto da estrada, para a Vila de Passagem, construída como morada provisória enquanto eram erguidos os três residenciais do MCMV: Canoas Minha Terra I, Canoas Minha Terra II e Morada Cidadã.
De acordo com a empresa STE, responsável pela gestão ambiental da Rodovia do Parque, 358 famílias já habitam as casas e apartamentos destes residenciais. As demais 241 estão na Vila do Dique, em casas que ficam próximas a estrada, ou na Vila de Passagem aguardando a conclusão do Morada Cidadã, o único que ainda não foi totalmente entregue.
Fazendo um panorama do processo de reassentamento, a exposição itinerante “Endereçar” já passou por vinte espaços públicos do Rio Grande do Sul exibindo trinta fotos que mostram os ambientes vivenciados pelas famílias nas vilas do Dique e de Passagem e nos residenciais do MCMV.
A BR 448/RS
Também conhecida como Rodovia do Parque, a BR 448/RS contou com R$ 1 bilhão em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem 22,3 quilômetros, 10 viadutos e três pontes que ligam o município de Sapucaia do Sul a Porto Alegre, passando por Esteio e Canoas. Durante quatro anos, 3,3 mil trabalhadores participaram da obra, entregue em dezembro de 2013.
A estrada foi feita para absorver 40% do fluxo diário de veículos que hoje trafegam pela BR 116, estimado em quase 160 mil veículos/dia.
Fonte: