Portal Brasil

Jardins de Burle Marx poderão se tornar patrimônio cultural

Prática artesanal de fazer cuias e o parque Campo de Santana do Rio também poderão integrar a lista de bens protegidos pelo Iphan


por Portal Brasil


publicado:
08/06/2015 19h21


última modificação:
08/06/2015 19h21

A prática artesanal de fazer cuias, realizada por mulheres de comunidades ribeirinhas do Baixo Amazonas, no Pará, a maestria do paisagismo de seis Jardins de Burle Marx, no Recife (PE), e a história, arte e beleza do parque Campo de Santana, no Rio de Janeiro (RJ), poderão integrar a lista de bens protegidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As propostas para registro e tombamento serão avaliadas na próxima quinta-feira (11), pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que estará reunido na sede do Iphan, em Brasília.

Responsável por avaliar os processos de tombamento e registro no Brasil, o Conselho Consultivo do Patrimônio Histórico é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia.

Ofício das cuias

O pedido de registro, apresentado pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan) em novembro de 2010, ressalta as técnicas e o conhecimento utilizados na região do Baixo Amazonas para confeccionar a cuia, objeto que agregou novos elementos e significados ao longo do tempo.

Os saberes relacionados à produção e utilização de cuias fazem parte das complexas dinâmicas de colonização e ocupação do espaço amazônico e estão diretamente relacionados ao aproveitamento de recursos naturais disponíveis no Baixo Amazonas. Para a população local, as cuias fazem parte do universo cotidiano da comunidade e são produzidas, em sua maioria, por mulheres ribeirinhas.

Jardins de Burle Marx

As qualidades estéticas e paisagísticas dos jardins desenhados por um dos principais expoentes do movimento modernista no Brasil e no exterior são as principais características a serem consideradas para tombamento.

Criados na década de 30, os jardins estão localizados nas praças Euclides da Cunha, Casa Forte, do Derby, da República, Jardim Campo das Princesas, Salgado Filho e Faria Neves, em Recife. Trazem, em comum, a característica inovadora do artista, que utilizou o tripé higiene, educação e arte, no qual a vegetação é o elemento principal.

Parque Campo de Santana

Construído no século XVIII, O local reúne atributos históricos, uma vez que foi palco de celebrações oficiais e cívicas ligadas à condição do Rio de Janeiro enquanto sede do Império e capital do país; artísticos, pelo projeto do paisagista francês Auguste Glaziou, que o levou ao seu primeiro tombamento; e também paisagísticos, reconhecendo o valor da paisagem de jardim romântico que o bem oferece.

Fonte:

Ministério da Cultura