Governo prepara medidas para incentivar economia e retomar geração de postos de trabalho, após fechamento de 1,5 milhão de vagas no ano passado
por Portal Brasil
publicado:
21/01/2016 16h39
última modificação:
22/01/2016 17h11
A prioridade do governo da presidenta Dilma Rousseff em 2016 é recuperar a economia e abrir novos postos de trabalho, disse nesta quinta-feira (21), em Brasília, o ministro do Trabalho, Emprego e da Previdência Social, Miguel Rossetto, durante apresentação dos dados do emprego no ano passado.
O mercado de trabalho formal encerrou 2015 com um estoque de 39,7 milhões de empregos formais – número que já desconta o fechamento de 1,5 milhão de postos de trabalho acumulado no ano passado.
“Tivemos um ano difícil em 2015, mas preservarmos conquistas importantes”, disse o ministro. “Não é correto afirmar que 2015 destruiu as conquistas dos últimos anos, continuamos com o mercado formal elevado no País.”
Ao apresentar os dados, o ministro disse que em 2003 o estoque de empregos no Brasil era de 23,7 milhões de vagas formais. De lá para cá foram gerados 16,7 milhões de empregos.
Sobre o desempenho do ano passado, dos setores de atividade econômica apenas a agricultura registrou saldo positivo na admissão de trabalhadores. Os demais segmentos (indústria, serviços, construção civil e comércio) registraram dispensa líquida de empregados formais.
Para reverter o quadro neste ano, Rossetto disse que o governo prepara um conjunto de medidas para melhorar o desempenho da economia, preservar os empregos existentes e induzir a abertura de novos postos de trabalho.
A melhora da economia e do emprego virá, conforme o ministro, da maior oferta de crédito, do investimento, principalmente na área de infraestrutura, e do aumento das exportações.
Ele acrescentou que alguns setores, como as fábricas de automóveis e a indústria de metal mecânica, indicaram ao governo que pretendem contratar ao longo deste ano.
Renda
Em 2015, os salários médios de admissão dos trabalhadores brasileiros ficaram em R$ 1.270,74, configurando um recuo de 1,64% em relação ao salário médio de admissão de 2014.
Na avaliação do governo a redução não foi significativa. “A queda real do salário de admissão em 2015 foi muito inferior aos aumentos reais dos últimos anos. E esse aumento real do poder de compra (dos últimos anos), acima da inflação, está preservado e é um dado importante”, comentou.
Conforme os dados, o salário médio de admissão passou de R$ 895,69 em 2003 para R$ 1.270,74 em 2015, com um aumento de 41,87%.
Fonte: Ministério do Trabalho, Emprego e Previdência Social