Após 14 anos, equipe econômica reduz o índice inflacionário a ser buscado pelo governo. Percentual vale para 2019 e 2020
por Portal Brasil
publicado:
29/06/2017 13h34
última modificação:
29/06/2017 13h47
Nesta quinta-feira (29), o Conselho Monetário Nacional (CMN) revisou para baixo a meta de inflação para os próximos anos pela primeira vez em 14 anos. Atualmente em 4,5%, a meta inflacionária passa a ser de 4,25% em 2019 e de 4% em 2020.
Com isso, a equipe econômica sinaliza que o combate à inflação no País é consistente e que, por isso, é possível se comprometer com metas menores de inflação. Entenda a decisão.
Para que serve o CMN?
Instituído em 1964, o órgão é responsável por determinar diretrizes para garantir o bom funcionamento do sistema financeiro. Ele tem a função de determinar políticas normativas de moeda e de crédito, visando à estabilidade da moeda e ao desenvolvimento econômico e social do País.
Atualmente, o colegiado é composto pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, e pelo presidente do Banco Central.
O que são metas de inflação?
Como forma de combater a inflação e não deixar que os preços saiam de controle, o Brasil adotou, em 1999, um sistema de meta de inflação. O CMN tem a atribuição de definir essa meta e o Banco Central tem a obrigação de atuar da melhor forma pra cumpri-la.
Entre 2005 e 2018, a meta em vigor no País é a de 4,5%. Recentemente, o órgão revisou de 2 pontos percentuais para 1,5 ponto percentual a tolerância que o Banco Central tem para acomodar a inflação.
Por que elas são importantes?
Diante do histórico do Brasil com a hiperinflação, o regime de metas é um compromisso de que o governo federal atuará para evitar um cenário de inflação alta, que corrói salários, aumenta a desigualdade e afeta a estabilidade econômica.
Dessa forma, ao estabelecer uma meta, o governo dá mais segurança às famílias, às empresas e aos investidores de que está comprometido com a estabilidade e os rumos da economia.
Qual a importância de uma meta menor?
Com a segurança de que a inflação será combatida, o País passa a ter mais credibilidade e mais condições de crescer. Como a principal ferramenta do Banco Central de combate à inflação é a taxa básica de juros, a Selic, uma inflação menor permite a queda desses juros, o que gera mais investimentos, consumo e, portanto, maior crescimento econômico.
Apenas o Brasil persegue uma meta de inflação?
Não. Atualmente, outros 25 países adotam o regime de metas de inflação, sendo que o Brasil persegue uma das mais altas dentro desses países. Portanto, a redução da meta de inflação brasileira nos coloca mais próximos dos padrões internacionais e aumenta a segurança dos investidores no País, gerando mais riqueza.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Banco Central