Os casos ocorreram em 470 municípios, sendo a maioria na região Nordeste. Outros 3.580 permanecem em investigação, e 2.492 foram descartados
por Portal Brasil
publicado:
04/05/2016 18h00
última modificação:
05/05/2016 13h58
O novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (4), aponta que até o dia 30 abril foram confirmados 1.271 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita, em todo o País. No total, foram notificados 7.343 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 2.492 foram descartados. Outros 3.580 estão em fase de investigação. O informe reúne semanalmente as informações encaminhadas pelas secretarias estaduais de saúde.
Dos casos confirmados, 203 tiveram confirmação laboratorial para o zika vírus. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
Em todo o Brasil, os 1.271 casos confirmados ocorreram em 470 municípios, localizados em 25 Unidades da Federação. A microcefalia foi confirmada nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, além de São Paulo, que registrou oito casos da doença ao Ministério da Saúde, sendo um com confirmação laboratorial para zika.
No mesmo período, foram registrados 267 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no País. Destes, 57 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 178 continuam em investigação e 32 foram descartados. Já os 2.492 casos foram descartados por apresentarem exames normais ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infecciosas.
Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos Estados, e a possível relação com o zika vírus e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
O Ministério da Saúde orienta as gestantes a adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
- 1. Número cumulativo de casos notificados que preenchiam a definição de caso operacional anterior (33 cm), além das definições adotadas no Protocolo de Vigilância (a partir de 09/12/2015) que definiu o Perímetro Cefálico de 32 cm para recém-nascidos com 37 ou mais semanas de gestação e demais definições do protocolo.
- 2. Apresentam alterações típicas: indicativas de infecção congênita, como calcificações intracranianas, dilatação dos ventrículos cerebrais ou alterações de fossa posterior entre outros sinais clínicos observados por qualquer método de imagem ou identificação do zika vírus em testes laboratoriais.
- 3. Foram confirmados 203 casos por critério laboratorial específico para zika vírus (técnica de PCR e sorologia).
- 4. Descartados por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas confirmada por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas definições de casos.
- a. Conforme informado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, 163 casos se encontram em investigação para infecção congênita. Desses, 40 são possivelmente associados com a infecção pelo zika vírus, porém ainda não foram finalizadas as investigações.
- b. 01 caso confirmado de microcefalia por zika vírus em recém-nascido com local provável de infecção em outra UF.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde