Desenvolver a fórmula para um larvicida e colocar à disposição do mercado é o próximo passo do estudo
por Portal Brasil
publicado:
14/03/2016 09h00
última modificação:
14/03/2016 17h23
A eficiência do uso dos óleos de orégano e de cravo para matar as larvas do mosquito Aedes aegypti foi comprovada por uma pesquisa da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais e da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Desenvolver a fórmula para um larvicida e colocar à disposição do mercado é o próximo passo do estudo.
A pesquisadora Alzira Batista Cecílio espera que, até o meio deste ano, a formulação já esteja pronta para ser apresentada à indústria. Em contato com o criadouro, os óleos matam as larvas em até 24 horas. “Produto natural não pode ser patenteado. Então, só após a formulação do larvicida, poderemos patentear e iniciar as negociações com as empresas”, explica.
O estudo é um desdobramento de outra pesquisa mais ampla, que testa o uso de produtos naturais para combater diversos tipos de vírus. “Nesse cenário preocupante em relação ao vírus da dengue, decidimos começar a estudar também plantas que pudessem eliminar o vetor”, acrescenta Alzira. Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti é o transmissor de zika e chikungunya.
O orégano e o cravo foram selecionados após análise de mais de 20 plantas. O óleo é extraído com o uso de equipamentos específicos. Por essa razão, não adianta por exemplo colocar folhas de orégano ou cravo nos vasos das plantas.
Neste momento, está sendo feito o estudo fitoquímico para detalhar a composição química dos óleos. Futuramente, está previsto também o teste desses óleos no combate a outras fases da vida do mosquito, o que pode levar ao desenvolvimento de um inseticida aerosol ou um repelente. A pesquisadora alerta, porém, que esses produtos são apenas ferramentas auxiliares para combater o Aedes. “Eliminar os criadouros continua sendo o ponto chave”, reitera.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil