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Desemprego registra menor avanço em um ano

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) tem desaceleração dos desligamentos em abril


por Portal Brasil


publicado:
25/05/2016 18h43


última modificação:
27/05/2016 08h34

Foram fechados 62,8 mil postos de trabalho em abril, uma redução de 0,16% no estoque de emprego. A despeito do dado negativo, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) sugere que pode ter começado no Brasil uma desaceleração no aumento do desemprego – essa foi a menor redução em um ano.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, avalia ser possível uma recuperação a partir do segundo semestre. “O número, apesar de ainda negativo, demonstra uma recuperação do mercado. É possível que no segundo semestre possamos ter dados positivos”, afirmou em nota.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, argumentou durante a divulgação de medidas para estabilizar a economia, na última terça-feira (24), que as ações tomadas pelo presidente interino, Michel Temer, são no sentido de reverter o quadro de desemprego.

Padilha afirmou que o momento é de recuperação da confiança e relatou que investimentos importantes estão próximos da conclusão, o que vai impulsionar o crescimento do País e reanimar o mercado de trabalho.

“Estamos com um rombo de R$ 170 bilhões. Por ora, divisa-se milhões de desempregados. Só vamos desfazer esses males com crescimento da atividade econômica”, observou Padilha. Para o ministro, já se retomou parte da confiança perdida, mas não ainda no nível que se faz necessário.

Ele observou que agora é o momento de fazer essa confiança refletir na economia. “Nossos projetos são de longo prazo. Não estamos gerando expectativas que não possam ser atendidas. Somos um País respeitado pela sua potencialidade. Temos de recobrar a confiança”, defendeu.

O resultado do Caged do mês passado é um saldo formado pela diferença entre 1,25 milhão de admissões e 1,32 milhão de desligamentos. Em março, as demissões haviam sido mais expressivas que no mês passado e ficaram em 118,7 mil postos.

Comparado a abril do ano passado, quando foram registrados 97,8 mil demissões, o número de desligamentos é 35,78% menor.

Setores

Seis Estados registraram aumento do emprego formal em abril: Goiás (5.170); Minas Gerais (3.886); Distrito Federal (1.202); Mato Grosso do Sul (919); Espírito Santo (466); e Amapá (50).

Dois setores influenciaram positivamente os indicadores. A Agricultura, puxada principalmente pelo cultivo de café, gerou pouco mais de 8 mil novos postos; a Administração Pública figurou em segundo com expansão de 2,25 mil postos, apenas em São Paulo foram criados 1,25 mil empregos. Os recuos foram registrados em Comércio (queda de 30,7 mil postos), Construção Civil (-16 mil) e Indústria de Transformação (-15,9 mil).

No Centro-Oeste, 4,2 mil postos foram gerados. Indústria de Transformação, com incremento de 3,7 mil empregos, e Construção Civil, com 2,6 mil, puxaram o mercado de trabalho na região. O desempenho negativo ocorreu no Nordeste (-25,9 mil), Sudeste (-23,9 mil), Sul (-11,3 mil) e Norte (-5,7mil). No acumulado do ano, o recuo alcança 378.481 postos de trabalho no Brasil, o equivalente a um recuo de 0,95%.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério do Trabalho e Previdência Social, Caged e Agência Brasil