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Feira no Rio mostra história e cultura dos indígenas

A mostra tem entrada franca e é organizada pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC), em parceria com a Associação Indígena Aldeia Maracanã (Aiam)


por Portal Brasil


publicado:
12/08/2016 22h23


última modificação:
15/08/2016 13h29

Indígenas brasileiros das cinco regiões do País, representativos de 20 etnias, participam da feira Cultura Indígena, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. O evento tem entrada franca.

A feira vai celebrar também o Dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado anualmente no dia 9 de agosto, instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro de 1994.

O evento é organizado pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC), em parceria com a Associação Indígena Aldeia Maracanã (Aiam) e com o apoio da Fundição Progresso e do Museu da Justiça.

Esta é a terceira edição da feira, cujo objetivo é “mostrar a cultura dos povos indígenas”, segundo o presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM), cacique Carlos Tukano.

O indigenista Toni Lotar, que participa da organização da feira, imagina que o número de etnias participantes pode aumentar à medida que os índios que estiverem na cidade para vender artesanato durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos souberem do evento. “Eles vão aparecer, e a gente vai acolher, porque a feira está aberta a eles também.”

Além da feira cultural, o evento exibirá ao público a exposição “O Rio Continua Índio”, montada pela primeira vez, no ano passado, no Museu da Justiça. A mostra é composta por painéis ilustrados com fotos, gravuras e mapas que contam de forma histórica e antropológica a presença dos indígenas no Estado do Rio de Janeiro, desde antes da chegada dos colonizadores europeus até o surgimento da Aldeia Maracanã.

Rio 2016

Segundo Toni Lotar, a exposição e a feira são oportunidades de os turistas nacionais e estrangeiros que estão no Rio de Janeiro para a Olimpíada e a Paralimpíada conhecerem um pouco a história dos indígenas brasileiros. “E ao vivo. Eles estarão aqui se apresentando, cantando, dançando. Vai ser um acampamento indígena no primeiro andar da Fundição”, afirma.

Durante a feira, além da venda de artesanato, haverá apresentações de cantos e danças indígenas, pintura corporal, contação de histórias, rodas de debates. O “mutirão” indígena, conforme definiu Lotar, irá se estender durante dois finais de semana prolongados, de quinta-feira a domingo.

O primeiro vai de quinta (11) ao dia 14, e o segundo de 18 a 21 de agosto, no horário de 14h as 20h. Já a exposição “O Rio Continua Índio” é permanente e obedece ao horário de abertura da Fundição Progresso, às 10h.

Povos

A questão indígena estará presente em todos os debates, abordando a situação indígena no País. As atividades envolverão representantes dos grupos Huni-Kuin (AC), Pataxó (BA), Tukano (AM), Guarani (RJ), Xavante (MT), Kayapó (PA), Tupi-Guarani (SP), Kaingang (RS), Xucuru Kariri (AL), Karajá (TO), Ashaninka (AC), Guajajara (MA), Fulni-ô (PE), Assurini(PA), Sateré Mawé (AM), Puri (RJ e MG), Tabajara (CE), Apurinã (AC), Pankararu (PE) e Potiguara (RN), entre outros povos indígenas brasileiros.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil