Juca Ferreira apresentou a avaliação durante a segunda reunião do Núcleo Estratégico do Ministério da Cultura
por Portal Brasil
publicado:
02/04/2015 14h54
última modificação:
02/04/2015 14h54
O Brasil tem um potencial grande para desenvolver, nos próximos anos, o aspecto econômico da cultura, com a criação de bens, serviços e empregos na área. Ao mesmo tempo, os temas culturais deverão estar cada vez mais presentes nos currículos escolares, principalmente das crianças. Segundo o ministro Juca Ferreira, a “economia da cultura” e a educação são duas missões centrais para o Ministério da Cultura na criação de um novo modelo de desenvolvimento do Brasil.
“A economia da cultura passa pela economia dos museus e do patrimônio, associados a um uso contemporâneo”, disse o ministro. “Investimentos, por exemplo, revitalização do centro de São Luís (Maranhão), mas é necessário um projeto econômico. A gente precisa ter projetos que vão além da preservação e recuperação de um casarão e investir em um projeto aliado a essa preservação.”
Juca Ferreira fez essa avaliação nesta quarta-feira (1º), durante a segunda reunião do Núcleo Estratégico do ministério. O ministro explicou que uma das alternativas para enfrentar a atual crise econômica no mundo (e que resvala no Brasil) é fortalecer a economia da cultura, que tem alto valor agregado e é democratizante. Para ele, as políticas culturais, de todas as áreas, devem incluir três segmentos: o desenvolvimento da linguagem simbólica, a acessibilidade para toda a sociedade brasileira e a economia da cultura.
Desde 2003, segundo Juca, o governo tem valorizado bastante as ações e os programas do Ministério da Cultura. “Nos momentos de crise, surgem estas oportunidades. O núcleo central do governo nos chamou para incluir em suas estratégias a economia da cultura. Há um clima muito favorável”, disse.
Na sala de aula
A segunda missão apontada pelo ministro é potencializar e incluir a cultura no lema do governo “Pátria Educadora” e pensar na cultura para qualificar a educação, sobretudo na educação básica. “Temos que interferir no currículo, no conceito de escola. A cultura vai ter de entrar na sala de aula”, afirmou Juca Ferreira, lembrando que o ministério já tem programas como o Mais Culturas nas Escolas. “Há enormes áreas de renovação com as quais podemos contribuir.”
Segundo o ministro, o governo federal poderia incluir, por exemplo, material audiovisual na lista de material didático do Ministério da Educação. As aquisições de livros são um dos principais mecanismos de estímulo ao mercado editorial no Brasil. Juca Ferreira lembrou que outros países fazem encomendas de filmes documentários que podem ser usados como material didático – o que também beneficiaria a produção audiovisual brasileira.
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