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Rio recebe exposição sobre Frida Kahlo

Pintora politicamente engajada, Frida Kahlo criou uma visão diferente do poder das mulheres artistas


publicado:
27/01/2016 11h02


última modificação:
27/01/2016 11h04

A partir deste sábado (30), o público carioca recebe a exposição Frida Kahlo: Conexões entre mulheres surrealistas no México, que fica em cartaz na Caixa Cultural até 27 de março. Em três galerias do espaço estarão expostos 30 trabalhos da artista, além das obras de outras 14 artistas mexicanas ou radicadas no país.

A exposição foi idealizada e coordenada pelo Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo. Para a curadoria, foi convidada a pesquisadora mexicana Teresa Arcq, que, em sua busca por material sobre a artista, teve acesso aos arquivos secretos de Frida Kahlo.

Os novos documentos revelaram informações sobre as conexões da artista com pintoras surrealistas. E mostra, pela primeira vez, as ligações entre essas mulheres, tendo Frida como um centro. Essa rede alterou a cena de arte no país de forma dramática.

“Em comparação ao trabalho que foi produzido na época pelos artistas do sexo masculino, que estava voltado para os aspectos sociais e políticos, o trabalho das mulheres é mais pessoal, com uma produção impressionante de autorretratos. Há também um assunto de mais interesse para elas, que é o mundo do ocultismo: mágica, alquimia, tarot, astrologia”, explica Teresa.

Surgiu, então, a ideia de mostrar o trabalho de Frida em um contexto diferente, destacando-a como uma figura influente no mundo da arte no México. Teresa considera o estilo de Frida único, original e pessoal. A curadora assegura que a pintora não fazia parte de nenhum movimento artístico específico já que suas pinturas se relacionam com o surrealismo, outras eram influenciadas pela arte popular, mexicana ou pintura colonial, e alguns trabalhos foram baseados em fotografias.

Durante toda a vida, Frida Kahlo (nascida em 6 de julho de 1907, em Coyoacán, no México, onde morreu em 13 de julho de 1954) pintou 143 telas. Um ano antes de sua morte, Frida precisou amputar uns dos pés devido à gangrena, “Pés, para que os quero, se tenho asas para voar?” escreveu em seu diário a artista fascinante, dona de uma extraordinária obra, que se tornou um ícone.

A exposição Frida Kahlo – Conexões entre mulheres surrealistas no México reúne 30 obras da artista mexicana – 20 óleos sobre tela e 10 trabalhos em papel, entre desenhos, colagens e litografias –, além de cerca de 100 obras de 14 artistas, mulheres nascidas ou radicadas no México: María Izquierdo, Remedios Varo, Leonora Carrington, Rosa Rolanda, Lola Álvarez Bravo, Lucienne Bloch, Alice Rahon, Kati Horna, Bridget Tichenor, Jacqueline Lamba, Bona de Mandiargues, Cordélia Urueta, Olga Costa e Sylvia Fein.

A mostra começou em São Paulo, no Instituto Tomie Ohtake, com 600 mil visitantes. Depois do Rio de Janeiro será a vez de Brasília receber a exposição.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Caixa Econômica Federal