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Digitalização da história do clima no Brasil está em etapa final

O Centro de Documentação Histórica, que abrigará os arquivos, será inaugurado nos próximos meses, em Brasília. O local tem 1.275 m2 de área construída no campus do Inmet


por Portal Brasil


publicado:
28/05/2015 00h00


última modificação:
29/05/2015 17h16

A digitalização de informações históricas sobre o clima no Brasil permite avanço nos estudos a respeito do tema para prever e reagir com eficiência aos fenômenos da natureza. No Brasil, a organização de dados do clima brasileiro, que datam desde o período do império, está em processo de finalização. São cerca de 12 milhões de documentos.

O prédio que vai abrigar os documentos, em Brasília, chamado Centro de Documentação Histórica, será inaugurado nos próximos meses. O local tem 1.275 m2 de área construída no campus do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ao lado da Biblioteca Nacional de Meteorologia. Os dados digitalizados estarão totalmente disponíveis até 2016, para consulta de toda população e da comunidade científica.

O coordenador geral de Agrometeorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Alaor Moacyr Dall’Antonia, explica que, na medida em que os dados são restaurados, catalogados e digitalizados, estarão disponíveis no Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa (BDMEP). Ele conta que mais de 60% dos dados históricos já estão prontos para serem disponibilizados e que, antes de todo esse processo, as informações mais antigas do clima no Brasil eram de a partir da década de 1960.

“Estamos terminando o processo e calculo que de dois a três meses já inauguramos o prédio”, disse sobre o local de armazenamento dos dados do início do século passado. As informações em livros e cadernetas vêm de todo o País e passam por um processo de higienização para então serem arquivados e identificados por meio de código de barras.

O diretor do Fundo Nacional do Clima, Marcos del Prette, conta que a digitalização dos dados está na terceira etapa, a parte final. “Vamos encerrar o trabalho neste ano de 2015. Além de aumentarmos a capacidade de armazenamento de dados, asseguramos a preservação dos documentos. São coisas antiquíssimas que poderiam estragar com o tempo. A importância para quem estuda mudança de clima, de montar séries históricas, é para embasar afirmações ou não de hipóteses de eventos climáticos”, explica.

Fonte: Portal Brasil com informações do Ministério do Meio AmbienteInstituto Nacional de Meteorologia e Fundo Nacional do Clima