Reforma da Previdência, pagamento de R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro e uso do Fundo Soberano foram algumas das medidas anunciadas hoje pelo presidente interino
por Portal Brasil
publicado:
24/05/2016 12h05
última modificação:
24/05/2016 13h21
O presidente interino Michel Temer pediu, na manhã desta terça-feira (24), em reunião no Palácio do Planalto, que o Congresso vote ainda hoje as medidas propostas para tirar a economia do País da crise. Temer fez um apelo à pacificação da Nação, reafirmou a não ingerência do governo sobre operações como a Lava Jato e listou as medidas que considera fundamentais para que o País retome o desenvolvimento e o pleno emprego.
“No dia de hoje, especialmente, temos uma votação de uma matéria importante para o governo, que é a questão da ampliação da meta. Esse será o primeiro teste. De um lado, o governo; de outro, o Legislativo, para revelar aos brasileiros que nós estamos trabalhando. Estamos exercendo regularmente as nossas funções”, afirmou o presidente interino. “Não podemos permitir a guerra entre brasileiros, a disputa quase física. Isso é inadmissível”, acrescentou.
A reforma da Previdência, o pagamento de R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro, o uso do Fundo Soberano para cobrir o rombo e novas regras na nomeação de presidentes de estatais e agências reguladores foram algumas das medidas anunciadas pelo presidente aos parlamentares. Uma Proposta de Emenda à Constituição, que limitará o crescimento da despesas públicas à inflação passada, também está na proposta.
Temer reafirmou o propósito de seu governo em pacificar o País e pediu responsabilidade à oposição, que até bem pouco tempo defendia a revisão da meta do déficit público.
“Lamento dizer que muitos dos que até propuseram a modificação da meta hoje anunciam que vão tentar tumultuar os trabalhos para impedir a votação. Isso revela aos olhos de quem vê o País como uma finalidade, e não o governo ou um partido politico, a absoluta discordância com a tranquilidade institucional de nosso País”, disse.
O presidente interino refutou críticas sobre eventuais recuos em seu governo e disse que não tem qualquer dificuldade em rever suas posições, caso acredite que elas devam ser revistas.
Citando o ex-presidente Juscelino Kubitschek, reafirmou sua vocação para o diálogo. “As pessoas se acostumaram que não se pode voltar atrás. Somos como JK; não temos compromisso com equívoco. Quando houver algum, reveremos esse fato. Posso estar errado, mas se o fizer, conserta-lo-ei”, afirmou.
O presidente interino reafirmou também que seu governo não interferirá em qualquer operação judicial e defendeu a independência entre os três poderes.
“Não posso invadir o competência de outro poder. Então, para preservar a teoria e a coerência é que estou expondo, e não por conta própria: eu digo nós não vamos impedir a apuração com vistas à moralidade pública e administrativa; ao contrário, vamos sempre incentivá-la”, disse Temer.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Blog do Planalto