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Viagens extras injetam R$ 18,6 bi na economia

O Turismo no Brasil em 2015 será incrementado por feriados nacionais que geram 20 dias extras para o calendário nacional de viagens. O impacto das viagens extras na economia deve chegar em R$ 18,6 bilhões, de acordo com projeção do Ministério do Turismo.

Além disso, com a valorização do dólar, os destinos nacionais ganham competitividade, um fator importante para diminuir o desequilíbrio entre os gastos no país e no exterior. Um panorama do cenário de turismo no Brasil foi exposto pelo presidente da EMBRATUR, Vinícius Lummetz, durante ciclo de palestras promovido nesta quinta e sexta-feira (28 e 29), em Florianópolis (SC).

Lummetz, participante do 29º Encatho & Exprotel, destacou que um ambiente de desenvolvimento do setor passa pela ampliação da segurança jurídica, investimentos em inovação e novas tecnologias do segmento.

Uma nova prioridade do Ministério do Turismo é a criação de zonas especiais de interesse turístico, grandes áreas que poderão receber investimentos associados a medidas de proteção ambiental em regiões hoje consideradas impróprias para se construir.

“Um novo marco regulatório está em discussão pelo ministério; se aprovado, a maneira de incorporar infraestrutura no País vai se transformar totalmente”, disse.

Além disso, uma medida adotada na última semana pelo Ministério do Turismo alterou as regras do Fundo Geral de Turismo, o Fungetur, criado e mantido pela Pasta, no sentido de facilitar o acesso ao crédito de R$ 170 milhões. Os encargos financeiros foram reduzidos; o teto para financiamento, eliminado; e os investimentos financiáveis, ampliados.

“É possível induzir a modernização do setor e estabelecer uma parceria para que a iniciativa privada empreenda mais”, disse Lummertz, ao mencionar o desafio de simplificar exigências tributárias e trabalhistas para atrair mais investidores internacionais.

Outro elemento importante de estímulo ao desenvolvimento do setor hoteleiro é a tecnologia. Para Vinicius Lummertz, inovar, hoje, é melhorar a comunicação com o turista, conhecendo melhor os diferentes perfis de viajantes e modernizando as relações entre empresas e hóspedes. “Não há nada mais definitivo que a revolução da tecnologia. E ela chegou ao turismo, aos hotéis, às pousadas e aos resorts. Faz parte da nova inteligência estratégica de mercado criar ferramentas digitais interativas que aproximem o turista do destino e do produto que ele procura”, afirmou.

Hotelaria em alta

Um levantamento da consultoria BSH International, especialista em investimentos hoteleiros no Brasil, mostra que o setor prevê investir R$ 2,3 bilhões ao longo de 2015. A expectativa é que sejam abertos 54 novos hotéis até o final do ano, o que significa 8,9 mil novas unidades habitacionais para o parque hoteleiro. As inaugurações devem gerar cerca de 5,2 mil empregos, de acordo com a consultoria.

Conforme estudo de caracterização das viagens internas no Brasil, do Ministério do Turismo, a hospedagem corresponde a cerca de 13% do gasto médio em viagens de brasileiros. Os serviços hoteleiros estão entre os mais bem avaliados pelos turistas nacionais que fazem viagens internas: 93,7% estão satisfeitos com a qualidade dos hotéis, pousadas e resorts. Para os estrangeiros, a aprovação chega a 93,5% para a infraestrutura de alojamentos e 97,6% para a hospitalidade.